"A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar."

Dom Hélder Câmaraâmara

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A poesia "Sementes do Vale", terceira colocada no Concurso de Poesia Escrita e Falada do Vale do Jequitinhonha

Com a poesia titulada sementes do vale, Vladimir Dayer L. B. Moreira da equipe caritas foi premiado com o 3° lugar  na °31 FESTIVALE que estar sendo realizado no município de Araçuaí/MG.
A poesia traz o sentimento da semente plantada em nossos corações e no dia a dia do povo do vale do Jequitinhonha, a semente dos nossos costumes,  da religiosidade, das danças, das musicas enfim a sementes da cultura do vale que é tão bela e forte.

Sementes do Vale
(Vladimir Dayer L. B. Moreira)
 


 
                                                                         Semente que veio voando
Seguindo os meandros
De alguma canção
Em seu berço de ternura
Colhendo cultura
Em cada oração.

II
O vento soprava suas asas
Que foram moldadas
Por mil artesãs.
No firmamento era estrela
Do sol a centelha
                                                                                    Em cada manhã.

III
Querendo nascer algum dia
Encher de folia
Coração vazio,
Veio pousar nessa terra
Ornada de serra
Regada de rio.

IV
Raízes assim foi deixando
Acariciando
As dores do chão.
Ali fez do tempo seu lar
Deixando-o moldar
Sua brotação.

V
Dos galhos nasceram gangorras
Crianças pastoras
Do Boi de Janeiro.
Passarinhos de visita
Trançaram a fita
Ao som de um pandeiro.

VI
Do tronco soaram tambores
Mastros piladores
Batuque de mó.
Carrancas foram esculpidas
Com as linhas da vida
De mãos Pataxó.

VII
As folhas traçavam nervuras
Poemas, costuras
De tantos retalhos.
Cantigas de velhas histórias
Trazendo memórias
Molhadas de orvalho.

VIII
E frutos nasceram das flores
Palhaços, atores
De um beira-mar novo.
Sementes ao céu se lançaram
Assim propagaram
Os cantos do povo.

IX

A força de cada momento
Como um catavento
Ciranda a girar,
Ao som de corais e violas
Eram tantas horas
Pra noite passar.

X
Foi quando um mestre errante
De olhos amantes
De cautos detalhes,
Contendo o choro na garganta
Falou “Essa planta
Chama FESTIVALE!”.
 
 

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